Trecho: Parque Lage x Parque da Catacumba
Resumo
Este é o único trecho da Trilha Transcarioca total- mente em ambiente urbano, conectando o Parque Lage e o Parque Natural Municipal da Catacumba. Em um percurso de 3,6 km que margeia a Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos mais belos cartões-postais da cidade, o caminhante tem a oportunidade de observar os manguezais que foram recuperados em parte das margens da Lagoa e, com sorte, pode se deparar com grupos de capivaras que habitam o local. É um trecho leve, perfeito para uma caminhada em família. Com vários quiosques, ciclovia e áreas de lazer disponíveis ao longo do caminho, os gramados da Lagoa são convidativos para um piquenique. Como trata-se de um percurso curto, uma sugestão é fazê-lo na sequência do anterior ou emendar com o seguinte, caso tenha tempo e fôlego. Também recomenda-se a visita às instalações de ambos os parques, para agregar uma pitada de cultura ao passeio. Aprecie as obras de arte dos jardins do Parque da Catacumba e visite a Escola de Artes Visuais, situada no palacete do Parque Lage
Orientação
4,3 km | 1 h | Escalaminhada: Não há |
Sentido Parque Lage ➤ Parque da Catacumba |
Sentido Parque da Catacumba ➤ Parque Lage |
Informações técnicas
Atrações
Informações Técnicas
Atrações
Mapa do Trecho
Como Chegar
Este trecho pode ser alçado tanto pelo Parque Lage no bairro Jardim Botânico como de quem vem pela trilha oriunda da cachoeira dos Primatas, Paineiras ou Corcovado. Existem também várias linhas de ônibus que passam em frente ao Parque Lage ou em frente ao Parque da Catacumba.
Entrada da Trilha
Parque Lage
Saída da Trilha
Parque Municipal da Catacumba
Descrição do Percurso
Sentido Oeste x Leste/ Barra de Guaratiba x Morro da Urca
Para quem inicia este trecho saindo do Parque Lage, é muito importante ficar atento à orientação da sinalização com pegadas amarelas/base preta, pois o trajeto passa por ruas do bairro até chegar a ciclovia (500 m). Chegando à ciclovia é só caminhar orientando-se pela Lagoa a sua direita e conferindo a sinalização. A caminhada irá passar por uma praça a sua esquerda com quiosques e brinquedos para crianças e mais a frente o Clube de Regatas Botafogo serve de orientação.
Agora é caminhar mais (900 m) e chegar na travessia pela passarela logo ao lado do posto Petrobras. Caminhe mais (350 m) atravessando as pistas pela passarela e chegará no Portão do Parque da Catacumba. Dentro do Parque há banheiros e uma lanchonete. Os mirantes fazem parte da Trilha Principal, é só ir seguindo a sinalização que será possível encontrar todos os atrativos do Parque.
Sentido Leste x Oeste/ Morro da Urca x Barra de Guaratiba
Para quem desceu da trilha no Parque da Catacumba ou irá iniciar no portão deste Parque em direção ao Parque Lage, é só ir se orientando pela sinalização de pegadas pretas/base amarela e se orientar pela lagoa Rodrigo de Freitas a sua esquerda e a pista do seu lado direito. Depois é atravessar junto ao posto Ipiranga logo após o estádio de Remo do Vasco da Gama (3.0 km).
Atrações
A Lagoa Rodrigo de Freitas embora receba as águas de diversos rios tributários que descem das encostas circundantes, entre os quais se destaca o Rio dos Macacos (hoje canalizado), apresenta águas salobras.
A lagoa apresenta duas ilhas: Ilha Piraquê, na margem oeste, que abriga o Departamento Esportivo do Clube Naval e Ilha Caiçaras, na margem sul, que abriga o Clube dos Caiçaras.
Desde 1995, na época de Natal, há a tradição de se montar uma gigantesca árvore de Natal iluminada, aproveitando o seu espelho d’água.
O Parque da Catacumba (Parque Natural Municipal da Catacumba) é um local ideal para passear e passar algumas horas de lazer ou recolher-se a um local de sossego e tranquilidade, em meio a jardins envoltos por uma densa e bela vegetação. Existem também atividades esportivas de eco-aventura (tirolesa, arvorismo, rapel) no local para quem gosta de interagir com a natureza de forma mais dinâmica. http://lagoaaventuras.com.br/
A parte mais baixa do parque, os caminhos são sinuosos e inclinados, pavimentados com pedras, que juntamente com jardins, praças e gramados conferem um encanto especial ao local. No Parque é possível encontrar várias obras de arte a céu aberto.
Há uma trilha que leva a um mirante rústico, no topo do morro em cuja encosta o Parque da Catacumba está localizado. Uma vez chegando ao topo do morro, é possível ter uma bela vista da Lagoa, Pedra da Gávea, Ipanema, Leblon, Morro Dois Irmãos, Serra da Carioca e o Cristo Redentor.
Comércio/Hospedagem
No momento não há nenhuma parceria entre a Trilha Transcarioca e o comércio local.
No trajeto pela Lagoa Rodrigo de Freitas há vários quiosques e lanchonetes em postos de combustível. No Parque Lage há uma cafeteria e no Parque da Catacumba uma pequena lanchonete.
Pontos de água
No trajeto pela Lagoa Rodrigo de Freitas há vários quiosques e lanchonetes em postos de combustível. No Parque Lage há uma cafeteria e no Parque da Catacumba uma pequena lanchonete.
Fotos
Fatos históricos
Inicialmente a região da Lagoa era habitada pelos índios Tamoios, que a denominavam Piraguá (que significa “enseada de peixe”. Fato curioso é que, com a chegada do colonizador português, o governador e capitão-geral da Capitania do Rio de Janeiro, António Salema (1575-1578), pretendeu instalar um engenho de açúcar nas margens da lagoa. Para livrar-se da presença indesejável dos indígenas, recorreu ao estratagema de fazer espalhar roupas anteriormente utilizadas por doentes de varíola às margens da lagoa, vindo assim a exterminá-los.).
O nome atual é uma homenagem ao jovem oficial da cavalaria portuguesa , Rodrigo de Freitas de Carvalho, que deu o seu nome à lagoa. Viúvo, Rodrigo de Freitas retornou a Portugal em 1717, onde veio a falecer em 1748.
Durante o século XIX, foram cogitadas diversas soluções para o problema da renovação de suas águas, até que, em 1922, a Repartição de Saneamento das Zonas Rurais apresentou um projeto visando a “sanear e embelezar a Capital para as festas do Centenário da Independência”. Esse projeto consistia na abertura de um canal, através de dragagem, aprofundando a barra, religando a lagoa ao mar. Com a sua execução, a terra retirada do canal formou a Ilha dos Caiçaras, atual sede do clube de mesmo nome. Em pouco tempo, surgiram aterros às suas margens que reduziram, paulatinamente, o seu espelho d’água, surgindo o Jockey Club Brasileiro, o Jardim de Alá e a sede esportiva do Clube Naval na Ilha do Piraquê. O canal dragado passou a denominar-se Canal do Jardim de Alá.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoa_Rodrigo_de_Freitas
Segundo arquivos da Biblioteca do Serviço Social do Município do Rio de Janeiro, o terreno onde existia a Catacumba foi ocupado por uma chácara durante todo século XIX. Sua antiga proprietária, a Baronesa da Lagoa Rodrigo de Freitas, transferiu a posse das terras para seus escravos.
Mas a explicação do nome Catacumba tem origem em tempos ainda mais remotos. Segundo os antigos moradores da favela, o local foi usado pelos índios como cemitério. No entanto, nunca houve confirmação sobre possíveis esqueletos encontrados na região.
Por volta de 1925, o Estado dividiu a Chácara das Catacumbas em 32 lotes. Os primeiros barracos da futura favela começaram a ser erguidos ainda nos anos 30. Mas a explosão demográfica só aconteceu mesmo na década de 40, com a chegada de uma leva de migrantes vindos, principalmente, do estado do Maranhão.
Em 7 de agosto de 1967, o Jornal do Brasil descreveu assim o cotidiano na favela:
“Às cinco horas da manhã, a Catacumba começa a despejar seus moradores. Copeiras, cozinheiras e babás descem as escadarias, saindo para as ‘casas das madames’. Trabalhadores (grande número de operários em construção) formam filas nos dois pontos de ônibus ou caminham a pé, em direção de Copacabana, Ipanema e Leblon. Um pouco mais tarde, o pessoal que desce o morro já tem outro aspecto: é a hora dos funcionários públicos, das crianças que vão para a escola e da grande movimentação das lavadeiras, que saem de casa cedo, para aproveitar o sol fraco da manhã, para a lavagem e, depois, o sol mais forte, para secar a roupa”.
A Favela da Catacumba foi removida em 1970 pelo antigo governador da Guanabara, Negrão de Lima. A Catacumba era uma favela sem nenhum modo de ser urbanizada e num local de alto risco de desabamentos. Junto com as outras favelas do entorno da Lagoa (da Praia do Pinto, da Macedo Sobrinho e da Ilha das Dragas, todas extintas), a Catacumba contribuía com o esgoto in natura que era despejado direto na Lagoa Rodrigo de Freitas. A comunidade tinha 2.320 barracos (a maioria de madeira) e cerca de 15 mil habitantes. Não existia serviço de água potável na comunidade. Para 89% dos moradores, o dia começava cedo nas 15 bicas públicas que existiam já perto do asfalto.
A maioria das famílias da Catacumba foi transferida para o Conjunto Guaporé-Quitungo, construído pela COHAB na Penha, enquanto outras foram removidas para a Cidade de Deus e Parques Proletários do Estado.
Fonte:
https://valacomum.wordpress.com/2008/10/13/catacumba-a-favela-que-virou-parque/
Grupo Adotante
Grupos de voluntários adotantes deste trecho que organizam mutirões e recebem voluntários:
Clube da Natureza
Nome: João Pires
Email: joaohpires@hotmail.com
Outros trechos do Parque Natural Municipal da Catacumba
20. Parque Lage x Parque da Catacumba
Distância: 4,3 km
Tempo de percurso: Aprox. 1h
Nível de dificuldade: Leve
Destaques: Parque Lage, grutas, Lagoa Rodrigo de Freitas, Parque da Catacumba, obras de arte ao ar livre
21. Parque da Catacumba (Circuito)
Distância: 1,1 km
Tempo de percurso: Aprox. 1h
Nível de dificuldade: Fácil
Destaques: Parque da Catacumba, obras de arte ao ar livre, Mirante da Sacopã, Mirante do Urubu, vistas para Lagoa Rodrigo de Freitas e morro do Corcovado
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